sábado, 15 de outubro de 2011

LONDRINA - PROMOTORIA PEDE A CONDENAÇÃO DE 23

A Promotoria de Proteção do Patrimônio Público de Londrina apresentou nesta sexta-feira (14) denúncia criminal contra 23 pessoas envolvidas no Caso da Tanatopraxia, procedimento para conservação de corpos durante o velório. As pessoas foram denúnciadas pelos crimes de concussão e formação de quadrilha. 


Todos os denunciados já são réus em outras ações (cíveis e criminais) que tratam dos mesmos fatos – a prática de coação contra familiares de pessoas falecidas na cidade  para que contratassem um serviço funerário de determinadas empresas. O caso foi desbaratado em 2008, após investigação na Administração de Cemitérios e ServiçosFunerários de Londrina (ACESF). Esta foi a maior investigação em número de denúncias da história da promotoria de Londrina. Conforme apurado pelo MP, servidores da ACESF coagiam os familiares das pessoas mortas a contratarem o serviço de tanatopraxia alegando que, se não o fizessem, os corpos dos parentes seriam comprometidos antes mesmo de serem enterrados. "Caso as vítimas não aceitassem a exigência indevida (realização do serviço de preparação e conservação de corpos ‘tanatopraxia’, mediante a contraprestação pecuniária), eram psicologicamente coagidas (aproveitando o estado emocional abalado da família), mediante a afirmação que o cadáver sofreria vazamento de líquidos corporais, mau cheiro durante o velório ou mesmo que seria antecipado o sepultamento, informações estas inverídicas e que lhes geravam grande temor e desespero, levando-as a aquiescer com a realização do serviço, pagando o preço exigido", relatam os promotores. São requeridos na ação proposta nesta sexta-feira o então diretor-superintendente da ACESF, Osvaldo Moreira Neto, e o ex-vereador Orlando Bonilha Soares Proença, ‘padrinho político’ do esquema. Entre os servidores, foram denunciados Daniele Evgenija Marques Amorim, Giuliano André Tavares Dorta, Fatima Regina Moraes dos Santos Nascimento, Eduardo Afonso Sanches, Valdeci Pereira da Silva, Sérgio Roberto Fernandes, Nivaldo Castellano, Antonio Pereira Damaceno, Wanderlei Militão Neto, Zamilton Navarro Botelho, Adriano Emiliano dos Santos, Olivir de Jesus Braniak, Mauro Pinto Ferreira, Carlos Antonio Martinelli, Luiz Carlos Teodoro, Antonio Vaz Viana, Claudemir Mendes, Ilson Marcolino Barbosa, Geraldo Lopes da Silva Junior e Mara Stella Carreira. Dos representantes das empresas beneficiadas pelo crime são acusados André Luiz da Maia (funcionário da empresa TANATO – Serviços de Tanatopraxia de Londrina Ltda), Osmar Camassano Martins e Gefferson Guilherme Martins (proprietários da TANATORIUM Bom Pastor).

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